quarta-feira, 18 de março de 2009

Mão-de-flor

.
.
.
.

.
.

.
.
tão perto
a flor
.
.
e a mão-de-mim
.
.
Flor-de-mão
Mão-de-flor
.
.
.
.
[Não as colhi...]
.
.

quinta-feira, 12 de março de 2009

E desperto...

.
..
.
Hoje, no meu jardim, cantam os pássaros, pousam os melros
.
.Fecho os olhos. Podia ser campo, sopé de montanha, serra da Estrela, ou da Gardunha.
.
.Sonho. O meu jardim é um quadrado verde de memórias antigas.
E desperto.
.
.
[Jaz uma pena de gaivota, recortada, sobre este verde urbano, desmaiado...]
.
.Foto de Francisco Valério, in olhares.com

quinta-feira, 5 de março de 2009

Anseio-me...

.
.
.
.
Já nada dói, tanto, assim.
São demasiados os incómodos, rotineiros, persistentes…
O tempo transforma-os em algo, toleravelmente, banal.
.
.
Talvez nos transforme, também, em pessoas banais e sem grandes predicados.
As acções são o “bluff” dos tempos que correm.
.
.
Tento não sentir dor pelo que não vale a pena, pelo que substitui, sem mérito e sem interesse, o que poderia ter sido e não o é.
.
.
E aguardo, com Um Ar De quem sabe o que espera, enganador…, de quem finge a paciência, também.
Aguardo por outros tempos.
.
.
[Anseio o Verão, sem passar pela Primavera, pouco importa! Anseio-me…]
.
.Foto 1 de Rui Ferreira e Foto 2 de Pedro Pais, in olhares.com