domingo, 28 de dezembro de 2008

Ele que venha... o Tempo

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Tempo.
Tic. Tac. Tic. Tac... ... ... ...
Quando um ano termina, ou está para terminar, acentua-se esta minha má relação com o tempo.
Dou comigo a pensar que, no próximo ano, talvez seja capaz de mudar esta [in]disposição para aceitar a falta de tempo.
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Pois, não vou predispor-me a mudar nada.
Ele que venha... o Tempo.
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[E que se mostre avaro, como de costume, que eu não vou discutir com um a priori!]
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.Foto de Alberto Viana d'Almeida, in olhares.com

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Para ser um bom natal...

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Para ser um Bom Natal...
Um Natal Iluminado...
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[... só com muita luz, artificial...]
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.Foto de olhares.com

sábado, 13 de dezembro de 2008

Das solidariedades...

Antes de começar a trabalhar, num fim-de-semana que parece vir a ser longo e cansativo, lembrei-me daquela vez em que falei de uma formação sobre mediação de conflitos, que me foi proposta para este ano lectivo...
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Entretetanto, como aconteceu com muitas outras expectativas, fui esquecendo.
Voltou-se a falar do assunto. Sem saber como, descobri que sou uma das coordenadoras e a reunião de todos os "projectos e sub-projectos" já aconteceu.
Quanto à formação será no estilo "faça você mesmo" [como nas instruções das prateleiras e dos móveis das grandes superfícies... em que faltam dois parafusos fundamentais... e a tradução está mal feita e sem sentido!]
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Para já, são montanhas de testes e trabalhos para corrigir e pontuar... reuniões de avaliação e actas para fazer e passar para o software da Escola. Pecisamente, quando os PCs começam a queimar discos, de tanto uso e, apenas três, parecem querer funcionar!
A seguir, vêm as reuniões com Encarregados de Educação, de cada Director de Turma...
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Este ano, não tenho que me preocupar com justificações, por não gostar do Natal.
Este ano, não tenho tempo para lamentos natalícios. Está resolvido.
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E é curioso que, no meio dos mal entendidos e jogos de poder em torno da Educação, ainda se formam nichos de solidariedades, quase inexplicáveis!... [pequenos contra-poderes do dia-a-dia, que darão algum sentido ao que já não parece ter... pequenos palpites, sem precisarem de manuais de instruções...].
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[Serão as prendas de Natal...]
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Nota: e as prendas chegaram cedo. Afinal, não terei que me despedir de um blog...

 

sábado, 6 de dezembro de 2008

Saudades de um blog...



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Passei pelo Observatory e ...
... e agora?
... onde?
[... fico com esta flor de papel, com letras e palavras a negro... a lembrar-me de um Repositório de Observação Avulsa... ]
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. Foto de César Figueiredo in By the way

Ao longe...


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ao longe… um cargueiro
stop
envolto em neblina
stop
por entre galhos secos
stop
de arbustos despidos
stop
em modo ou moda
stop
de Outono - Inverno
stop
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[E faltaria o verbo, para que fosse frase… Stop!
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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Escola com vista para o mar...

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Pois, estão impossíveis, este ano... piores que no ano anterior! - dizemos, nós... professores de uma turma de 12º ano de Desporto... [mais velhos... mais infantis... mais desatentos... Mais<=>Menos!]
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Ontem, quis ouvir algumas das razões [outras... eles e elas não falam. Apenas se adivinham. O mesmo acontece com os professores... que as discutem entre pares...].
Com as obras na escola, não foram as árvores e o jardim que desapareceram, somente.
No seu lugar, existe um lamaçal de estruturas de ferros e de betão, que aguardam o sítio certo na futura reconstrução.
Este ano, não apetece levantar para vir para a Escola!... [dizem... dizemos...].
Esta Escola, sempre tão bem equipada para alunos de Desporto, não consegue assegurar a prática de todas as modalidades... nem através do protocolo com o pavilhão municipal.
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A professora lembra-se? Lembra-se de ir assistir aos nossos jogos, organizados por nós? E das fotografias que nos tirava?
Lembro. Claro que lembro. Pensava que isso lhes fosse mais ou menos indiferente... [embora tenha assistido a muitos jogos... e a outros tantos assitiria, apesar da papelada imensa e em vez dela!].
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Apetecia tirar estes alunos de uma Escola, com vista para o mar... mar que é raro vermos!
Gostava de os acompanhar a sítios onde pudessem fazer trabalho no terreno... É certo que irão fazer estágio em instituições... É certo que já fizeram trabalhos, para outras disciplinas, referenciando as fontes e as fotocópias de Psicologia A... [Afinal, é para isso que está no currículo destes cursos! e de todas as turmas, foi esta, não outra, que soube aproveitar a transversalidade das matérias e das disciplinas.]
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Era urgente tirá-los da Escola e procurar outros cenários para ensinar e aprender. Mas não tenho só esta turma, de 12º ano, que nunca irá conhecer uma Escola renovada.
Entretanto, vou pensar como fazer... neste ano de final de um ciclo de estudos que, para uma grande parte, é a despedida da vida de estudante e da Escola!...
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[De momento, até eu, não sinto vontade de andar pelos corredores estruncados e apertados, de uma Escola, onde o ruído das obras, os espaços vazios de jardins passados e pinheiros mansos... me fazem falta. Estas obras parecem a metáfora triste dos dias que correm...]
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Flores de papel...

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Cada vez trabalho mais com o PC.
Cada vez preciso mais dele [embora o ache cada vez mais lento...].
Apesar disso, com extensões de memória artificial e com discos externos para guardar e guardar... a impressora não pára de chamar folhas de papel e tinteiros!...
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Descubro novas formas digitais para enviar materiais e recursos aos meus alunos. Gasto algumas horas, por semana, a actualizar contas partilhadas ou o Moodle da Escola.
Apesar disso, as cópias e fotocópias são uma rotina inevitável!
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Qualquer dia começo a fazer flores de papel!
Em vez das cópias e fotocópias [porque não existem manuais para uma disciplina, que existe...], do meu regaço sairão flores brancas, salpicadas de letras e palavras... de papel.
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[Tenho os olhos cansados...]
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.Foto de rosa de papel, in 7650fotoblog.weblog.com.pt

sábado, 15 de novembro de 2008

Das pontes... e dos caudais intransponíveis

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Acordei cedo, para trabalhar. [As rosas mantêm-se vivas e prometem sobreviver mais uns dias]
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Entretanto, numa sala cheia de colegas "à beira de um ataque de nervos", tentei pôr em dia as faltas e justificações dos meus alunos, esquecidas desde princípios de Outubro, pela professora que me foi substituindo. Percebi porque razão esse trabalho estava tão atrasado. Os PCs estão instalados em sala provisória e amontoam-se colegas à nossa volta, por falta de espaço. Os ditos PCs, cheios de vírus e com demasiados utilizadores, ao mesmo tempo, abrem os programas [das Direcções de Turma e das Actas] e "cracham" passado poucos minutos. Há que reiniciar. Perdem-se dados. Volta-se atrás. Ouvem-se desabafos, ao lado. Distraímo-nos. Rectificamos.
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Quando cheguei a casa e estacionei o carro, na RFM, ouvia a música do genérico do Oceano Pacífico...
Percebo a imensa indisposição dos meus colegas. Perdem-se horas com estes incidentes... e não consegui imprimir um mapa actualizado. De repente, acabou. Os PCs mandaram-nos para casa!...
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Mais por ter regressado agora, do que por convicção, não sinto o stress da avaliação. Não estive presente nos momentos iniciais dos impasses. [A minha escola é mais uma das que interrompeu o processo e se recusa a continuar, nestes moldes]
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Os alunos queixam-se de que os professores estão mais intolerantes e que "fervem em pouca água". Não observam o que se passa nos bastidores. Não sabem a razão de tal mudança. Mas que a sentem... sentem!
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O lugar das pontes entre professores e alunos, é um caudal intransponível, de momento. Parece que, de nada valeu a intenção do ano anterior, de construirmos renovadas pontes, sempre que necessário.
Os alunos da minha Direcção de Turma parecem órfãos... e os outros, talvez menos... mas, também.
Não há tempo!... Eu que pensava que era um problema só meu. Este ano lectivo, é generalizado.
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[Mais que habituada a sentir no tempo um inimigo... pareço ser, por enquanto, a única que olha para ele sem o temer!... E... as pontes prometidas fazem-nos falta, a todos.]
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.foto de Rui Ramos in Olhares.com

terça-feira, 11 de novembro de 2008

"Rosas para mim"...



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Depois de uma longa ausência [coisa que nunca tinha acontecido...], voltei à escola e aos meus alunos.
Desde o 10º ano, que acompanho a turma do Curso Tecnológico de Desporto, como professora de filosofia e directora de turma [... que já me fez assistir a uma lista infindável de jogos de todas as modalidades possíveis e imagináveis...].
Hoje era a primeira aula, depois da festa de ontem, nos corredores de uma escola cada vez mais apertada, com as obras...
Apareceram-me com este ramo de rosas vermelhas! e, num abrir e fechar de olhos, juntaram duas mesas e fizeram aparecer um lanche divinal!... [mais o bolo de chocolate da mãe da Cátia!]
Também eu tinha saudades... e preocupavam-me os telefonemas, a saber se estava melhor, a perguntar quando voltava...
Ninguém tinha máquina fotográfica, para fazer o registo deste regresso que cheguei a pensar ser impossível. [... Os telemóveis estão interditos... como é sabido!]
Por isso, cheguei a casa e fotografei as "Rosas para mim"... Coloquei as fotos, tiradas de vários ângulos, na página do Moodle, no item "Momentos para não esquecer!", onde outras se hão-de juntar, como no ano lectivo passado...
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[É bom regressar, também, para os afectos... e sentir, novamente, vontade de (vos) contar!]
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Assim me sou [...]

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É um sol de Inverno, ainda que tímido [...
Discreto [...
Difuso [...
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[Cautelosamente, como quem acorda, assim me sou. ]
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.Foto de Jonnhy Blue in Olhares.com, sol de inverno

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Da Saudade e das Manhãs...




.Manhãs!
Enevoadas
frias
geladas.
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O ar que corta
e o Sol
que brilha
triunfante!
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Manhãs
da Beira...
Manhãs
passadas...
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Revisitadas
na memória
de um tempo
que já foi
e é sempre
agora!
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[01.Abril.1998]




.Beira Interior * Foto 1 de luís gonzaga batista * foto 2 de Yorgan in olhares.com

terça-feira, 21 de outubro de 2008

[Re]encontrar

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[Re]encontrar caminhos
... em duas linhas.


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.Foto de Humberto Fontes in Olhares.com

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

[Re]pousar...


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[Re]pousar
em duas linhas...



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.Foto de Paulo Passos, in olhares.com

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Parabéns...


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Para o meu irmão mais novo... desencantei este bocado de mar, por entre as rochas.
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[Um feliz aniversário... e que o mar seja sempre um presente para ele.]
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"mar", Foto não tão recente

sábado, 4 de outubro de 2008

Plano inclinado...



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Foto à beira-mar, setembro 2008

terça-feira, 30 de setembro de 2008

... é preciso ter chão!...


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De Branco no Branco:
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"Para saltar, alto ou longe, é preciso ter chão" [Mdsol]
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[Para crescer, também, mesmo quando o vento é forte... e inclina... e distorce... a trajectória.]
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Foto de árvore bem presa ao chão, setembro 2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Da[s] perspectiva[s]...



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... Depois de ler o post e o comentário de Rosaiventos...
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[Por vezes, também acontece com as imagens...]
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Foto de Agosto de 2008, museu de Amarante

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Da [in] diferença...



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A ideia de ontem…
… retomada hoje… já não é a mesma.
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Ontem, não fora o cansaço, que não me deixa sorrir [porque, de momento, não há motivos para tal], teria escrito sobre a metáfora dos meus sinais – a minha falta de ambição...
Porque, aquilo que sempre me fez falta… o que me é caro… não me parece que dinheiro algum pudesse comprar [apesar de não deixar de ouvir todas as vozes dissonantes].
Talvez, por isso, largar os meus haveres por uma vida boa [no seu sentido mais kantiano], não me custasse nada. [Mas, como parece implausível um tal sentido, hoje, no equinócio do Outono de 2008...]
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Hoje, a ideia de ontem [que já não sendo a mesma]
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Crescem plantas pequenas, por entre as pedras.
E há sinais, que não são meus, colorindo o empedrado fino.
Resistiram à chuva da véspera, emoldurados em laje ancestral. Não me são indiferentes.
Por outras palavras, ou com outras palavras…
... há muito poucas coisas que me são indiferentes.
... quase nada me é indiferente.
talvez, tudo o que desconheço [e que imagino imensamente extenso] me possa ser indiferente... e, mesmo assim...
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Se gostava de ser diferente? Talvez isso me fizesse sorrir com mais frequência e pensar de forma, unilateralmente, positiva… [In]Diferente?
Acho que não [apesar de não deixar de ouvir todas as vozes dissonantes, porque não me são indiferentes].
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[A minha falta de ambição tem o meu nome. E, nem tudo o que sobe existe para eu subir… Ou, talvez, tenha acabado de percorrer uma longa e ofegante descida. Devo aprender a respirar, novamente, porque descer também cansa!... Acho que, finalmente, preciso de um ar de…]
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Amarante, Foto de empedrado com moldura de laje

Dos meus sinais...




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Porque me sinto muito cansada...
embora o coração continue a bater e a cabeça a fervilhar
relembro
... estes meus sinais.
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[A ideia era outra. Pensava nesta pedra lavada pela chuva... na mania de largar os meus haveres, assim, sem jeito...]
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foto das minhas coisas, largadas no chão

sábado, 20 de setembro de 2008

Do sono e do esquecimento...


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Quando era criança, detestava dormir.
Como se perdia tempo a dormir e a comer!...
[Conta-se que, de todos os irmãos, fui a mais indisciplinada, nestes cuidados. E... não me lembro de ter tido problemas a adormecer os meus irmãos pequenos ou a dar-lhes de comer...]
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Mais tarde, continuei a achar as horas de sono um desperdício e sempre disse que "não vou daqui ali para comer".
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Hoje, durmo estupidamente.
Hoje, tenho um sono de anos em que tentei esquecer o sono...
Hoje, tenho os sonhos acrescidos, dos anos em que nem dormia [apenas parecia sonhar, nos momentos derradeiros de quem dorme depressa...].
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[Hoje, continuo a não "ir daqui ali para comer"... ]
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Foto de Alexandre C. in olhares.com, modificada

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Das cores... e... dos comprimidos


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As cores dos comprimidos...
... amarelos, cor de rosa, azuis, verdes, brancos, vermelhos [até]...
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[As cores estão em todo o lado...]
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Foto de Ricardo Lourenço in olhares.com

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Das cores... e...


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A minha mãe foi hoje operada às cataratas. Ainda não saiu... O meu irmão mais novo diz que correu bem. Estou à espera de mais notícias.
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Também espero por notícias minhas... amanhã.
Finalmente, teria que chegar o dia em que a corda quebra.
Quebrou. Julgo que quebrou...
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Vou tentar saber porquê [isto é, a versão médica sobre tal facto, de facto, anunciado...]. A outra versão... acho que sei qual é, mas não é relevante.
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Não sei o que me parece estar assim...
Não sei o que me parece... [Acho que me parece mal!]
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[Espero que a minha mãe olhe para estas cores e as veja, com todo o seu esplendor. E que sinta um contentamento que eu não sinto... mas lhe desejo, porque as cores parecem ter um significado diferente, para cada uma de nós.]
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Cocktail de Luz, de Paulo Ferreira in olhares.com

sábado, 13 de setembro de 2008

O meu Trisavô... da genealogia à ficção

Retrato de Afonso Costa
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Quando penso no meu trisavô, à falta de fotografias da época, é este rosto que se perfila perante os meus olhos.
Imagino que não seriam dois homens, fisicamente, muito diferentes. Conta-se que não. E, certo é, que foram amigos.
Também se conta que, o dono deste rosto, foi convidado pelo meu trisavô a visitar o seu “retiro rural”, depois das lutas republicanas e das cumplicidades dos tempos da Carbonária. Uma visita inesquecível, que ficou na memória de todos, até dos que não a viveram, como a minha avó, que não era nascida.
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Pois saberia o Afonso Costa montar a cavalo? Será que o meu trisavô o levou a ver a sua herança rural? Será que chegaram juntos ao ponto mais alto da aldeia e, montado na sua égua branca, apontando-lhe, desinteressado, a vastidão das terras, lhe terá contado as suas desventuras de proprietário, ex revolucionário, convertido à modorra do casamento e da ruralidade [imagino que, com um tom jocoso na voz, para não denunciar o tédio imenso… pior ainda, para não denunciar os olhos húmidos?].
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Ou o Afonso Costa não sabia montar e passearam pela aldeia e suas imediações, em ostentação mais que visível, na travessia do adro da Igreja [o padre enfiado na sacristia a espumar de raiva…].
Pararam para beber um copo de vinho, bem tinto, para comer broa com presunto ou sardinhas secas e fritas, em casa deste e daquele… [o meu trisavô orgulhoso... por mostrar o grande Afonso Costa e seu amigo, de lutas que pertenciam a um passado, que ele sabia, tinha acabado no dia em que ali chegara].
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A minha trisavó teria acolhido a ilustre personalidade, pois que não teve outro remédio! Mas, a benzer-se, de cada vez que ia à cozinha dar indicações sobre o que viria para a mesa.
Recebera-o com tanta educação e esmero, quantos foram os terços que rezou, de cada vez que a deixavam sozinha.
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Depois do episódio da visita do Afonso Costa àquela aldeia, com o rio Zêzere a seus pés, quantas terão sido as confissões e as penitências, bem penosas, que o padre lhe ordenou? Aquelas que a minha trisavó acreditou serem merecidas?
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Depois do regresso do amigo à capital, nas poucas horas que se lhe seguiram, em que pensou o meu trisavô? Revoltou-se, para se conter, depois? Resignou-se, não sem conter os olhos húmidos de tristeza, a que chamou ira e ódio, porque um homem não se comove e, muito menos, chora?
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Talvez tenha sido, precisamente nesse dia, que não voltou pela calçada que o conduzia a casa, inevitavelmente e sempre, mesmo desrespeitando as horas e os hábitos [que, só lhe faltava ter que obedecer ao tempo das obrigações diárias do sino da Igreja!].
Nesse mesmo dia, talvez tenha decidido enveredar pelo caminho enlameado, que havia de o conduzir, tantas vezes mais, à porta desengonçada e velha, daquela que foi a sua amante predilecta [da que ficou conhecida, nos anais da família, como a Gata Gulosa…].
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[Depois… não voltou para casa antes de ser manhã feita. Cavalgou algumas horas pelas sombras dos montes e pelas margens do rio. E pensou em Lisboa… e deixou de pensar, porque lhe doía a cabeça e tinha um nó no estômago, apertado demais.]
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Foto de Afonso Costa, In Enciclopédia Lello e Irmão,

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

September 11' 09" 01


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11 realizadores e uma proposta idêntica: um pequeno filme com 11 minutos, 09 segundos e 01 frame...
Para quem não viu este conjunto de filmes, a pretexto do 11 de Setembro de 2001, vale a pena ir buscá-lo a um clube de vídeo e gastar algum tempo [felizmente, gastei o meu tempo quando ainda o tinha...].
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[Aqueles que me impressionaram mais: Sean Penn (realizador dos EUA) e Shohei Imamura (realizador do Japão)... porque se pode contar a mesma história, terrível, de tantas maneiras!... E relativizo... ao recordá-las...]
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terça-feira, 9 de setembro de 2008

De que são feitas as cordas...



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Quando o trabalho se torna escravidão, é escravidão, mesmo.
Há cordas que, ou são de aço, ou tenderão a quebrar.
Não sei de que são feitas as minhas cordas. Sei que não estão muito resistentes, ao ponto de aguentarem grandes esticões.
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Resta-me a consolação [que não é consolo nenhum] de olhar à volta e perceber que não estou sozinha, nesta azáfama insana.
Tal como previa, deixei de ter tempo para um olhar desinteressado, nem que fosse por uns minutos, para um outro cenário qualquer… [pena… cansaço prematuro… preocupação… desconsolo… desânimo… e o que tem que ser…].
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Presumo que terei que conseguir. Talvez presuma mal… Algo me parece mais ou menos evidente. O próximo ano lectivo vai sair-me muito caro, a vários níveis. [Já me sinto mais empobrecida…].
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[Deveria decidir outras coisas para a minha vida? Deveria optar por ter uma vida? Deveria… Não sei. Mais uma vez, alimentei falsas esperanças. Este ano não vai ser mais fácil do que o anterior. Ponto final!]
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foto de Pedro Moço in Olhares.com, Nervos de aço

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A cor das horas...


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Hoje, resolvi passar por casa da minha mãe [descobri, há pouco tempo, que é leitora assídua deste blog…], porque talvez não venha a ter muitas tardes, assim, para conversarmos e comprovar que está bem e continua dona do seu nariz…
[Certamente, também a preocupei, a ela… como devo ter preocupado aqueles amigos virtuais que me deixam comentários apreensivos e/ou sensatos.]
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Aproveitámos para comparar notas e relembrar conversas, que ouvi nos idos de Setembros passados na Beira, sobre o meu trisavô… sobre a minha avó materna… sobre outros tempos que sempre me intrigaram.
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A maior parte das lembranças dessas conversas estão associadas ao colo da minha mãe, que aproveitava o final das tardes mornas para relembrar [também ela] as suas raízes, junto das mulheres mais velhas da aldeia, sentadas nas lajes graníticas, ainda quentes, das soleiras das portas da vizinhança amiga.
Eu fazia de conta que dormia a sesta de criança pequena, que era, e fingia a respiração pesada, de quem dorme um sono profundo [conseguindo não mexer a mão onde pousava uma mosca teimosa…].
Eram dois prazeres que não se esquecem. Um colo que nem sempre tinha no resto do ano, só para mim…e as conversas veladas sobre assuntos da minha família, que pareciam contos fantásticos e que eu não poderia ouvir, estando acordada…
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Outras lembranças vêm dos passeios ao lado da minha avó, pelas propriedades da família, que foram sendo vendidas ao longo dos anos, não tendo conhecido, eu, aquelas que foram o orgulho do meu trisavô. Apesar da minha avó não ser mulher de muitas palavras [por vezes, parecia falar sozinha], acrescentava algumas peças ao puzzle que fui construindo, ao longo do tempo [nos primeiros oito anos e meio da minha infância, que sempre me pareceram tão breves!…].
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Hoje, com a ajuda da minha mãe, descobri que esse puzzle tem muito de ficção... o que não lhe retira o encantamento que sempre me cativou… e que, nas minhas memórias de criança, os nomes e as personas se confundiram de uma forma bizarra, mas verosímil…
Desenhei a casa da minha avó e as imediações, tal como ambas a recordávamos… revimos nomes de companheiras das conversas vespertinas…reconstruímos um pouco da árvore genealógica daquele lado da família… e esquecemo-nos das horas [mesmo que estas não tenham as mesmas cores, para uma e para a outra…].
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E, apesar de sabermos, as duas, que sobre estas personas haverá de pairar, sempre, uma aura de mistério, que o tempo guardará… dedico este post à minha mãe [que nunca os comenta, mas os lê… e acredita que as palavras têm um poder de salvação…].
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Foto não tão recente, pormenor da sala da casa materna

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Alt + Ctrl + Del



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Alt + Ctrl + Del... 3 teclas de uma só vez, apenas.
Olhos fechados, no escuro do visor. Dor de cabeça em off...
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Neurosilêncio. Existe?
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[..................................................]
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Foto de Luís Paulo Rocha, in olhares.com

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Antecipações de uma Sombra...


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[Dos factos…]
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Ontem, vim da Escola numa espécie de estado de choque [não devo ter sido a única…].
Voltarei, amanhã, para o início dos meus [nossos] trabalhos…
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As árvores e os jardins, que me deleitei a fotografar, durante um ano, de quatro estações [das raras âncoras que me prenderam o ânimo], estão afundados em contentores, futuras salas de aula… e reina a demolição.
Porque haverá pouco espaço, muito barulho de obras e… tudo o que por aí virá, não trouxe um horário, mas trouxe um esboço de uma mancha horária, que presumo ser o resultado para evitar horários mistos e ajuntamentos… Assim, mantenho as turmas dos cursos tecnológicos e experimento, pela primeira vez, uma disciplina híbrida num curso profissional. Perdi uma turma que terá aulas de manhã…
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[Para além dos factos…]
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Não sou, certamente, uma optimista… a longa manhã de ontem serviu para o comprovar. Apesar de não me poder queixar da rotina de mais um ano, não era bem este tipo de mudança que me faria querer continuar.
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É certo que tinha dormido pouco… enganei-me com o despertador e acordei de madrugada [vou ter que me habituar, de novo, a este objecto execrável…]. Dei várias voltas ao quarteirão para conseguir estacionar o carro, porque o parque deixou de existir, obviamente, antecipando cenários futuros e similares…
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Hesito na vontade de voltar… Hesito. Este verbo persegue este meu retorno à Escola. Não fossem os alunos, concretos e singulares… e… a memória do ano passado não passaria de um ano fantasma [em que me senti uma sombra atrás de mim, muitas vezes à minha frente, a ditar-me o trajecto e a forçar-me a trabalhar, lá e aqui, em casa, contra o tempo, de costas viradas para o lugar, com o nariz enfiado no portátil, sempre em posição trípede!...].
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E essa sensação transmigrou para todas as outras dimensões de um quotidiano patético, que não me apetece repetir.
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[De momento, não sinto qualquer lucidez, que me permita pensar em estratégias sensatas, que me impeçam de voltar a olhar-me, assim, difusamente… cada vez a reconhecer-me menos, no pouco tempo que me sobra para mim, porque já sinto que não sobra … e volto a ver a minha sombra a tocar-me no ombro e a puxar-me… um destes dias, a falar por mim…]
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sábado, 30 de agosto de 2008

Count-down...


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Pé que brinca... acabou-se a brincadeira.
Se não gostaste da dança... dançasses de outra maneira.
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[Time-out]
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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Do dormir e do acordar...


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De que vale acordar cedo?
Ainda em época de interregno de férias, acorda-se para um pequeno-almoço... para um banho e roupa lavada... para mais um dia [mais mal ou bem humorado... mais mal ou bem passado].
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Não sei se foi ontem, se foi anteontem... que passei pela antiga Baixa portuense, a pé.
Há pessoas que devem achar que não vale a pena acordar... mas lá estão, de mão estendida, com longas mensagens escritas em cartões, como no tempo em que eu era miúda e passava pela Baixa portuense, menos antiga [por razões da minha pouca idade, na altura]. Ficava para trás, para tentar ler... Alguém me puxava pelo braço, com um esticão, depois de deixar uma moeda, porque a miséria alheia não se contempla, que é falta de educação!...
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Em tão poucos anos [afinal], o passado revive-se no presente, nestes rostos estranhos...
As trajectórias, dos que passeiam pelas ruas, tendem a esquivar-se e muda-se a declinação da passada.
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[Ainda tento ler. Ainda alguém me puxa, pelo braço, porque me esqueço de declinar a passada. Por outras palavras, o que lá está escrito, com erros ortográficos, tinta desbotada e retocada, podia ser a pergunta - Vale a pena acordar?...]
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Foto de Carlos, in olhares.com

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

De certas paragens...


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Muito a medo, sem mexer demais a cabeça… a dor é, ainda, recordação recente.
Medo futuro… inseparável inevitabilidade…
Anuncia-se. Instala-se. Vai.
E voltará.
É sempre uma questão de tempo. Desde os tempos que me conheço…
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Entre a revolta, sempre… e o silêncio triste… mora tempo perdido, quase morto.
Aceita-se o que não parece ter remédio [porque ao ser, assim, remediado está… paragem que não se deseja… dormência que faz parar… quando se pode…].
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[Hoje recomeça-se, devagar… ânimo preso… asa caída… dorida.]



com filtro de nightshot, foto nocturna
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sábado, 23 de agosto de 2008

Como o céu...




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E, porque está sol, neste acordar de sábado de manhã, apetece falar do céu azul e de como mudam as pequenas nuvens, quando não são de ameaçadora chuva.
Azul e farrapos de branco que se reconstroem em alguns segundos, enquanto se prepara a máquina fotográfica para uma nova foto… em movimentos descansados.
Aí, dou-me conta, de que parece ser este o sentido da palavra férias.
Calmamente, observa-se. [Calmamente… sem pressa… sem um propósito qualquer…]
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Reconcilio-me com o tempo. Não preciso de o contar, não o quero controlar. O que aparece, acontece[-me].
O céu é azul e tem pequenas nuvens brancas, que mudam velozmente, como se fossem elas a preocupar-se com o tempo que passa. Redesenham-se apressadas, sob o meu olhar [parecem dizer: este desenho é para ti!].
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O propósito não é meu. As horas não me pertencem.
Não procuro mais, para além do azul do céu… e há uma certa sensação de liberdade [episódica, pouco importa…], neste contentar-me em não ter que pensar no que se passa aqui, aos meus pés, onde estes pousam, por onde andam, com quem partilham o mesmo chão.
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Ainda que pouco tempo dure, ó episódica e ilusória liberdade, acontece[-me]!…
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[Por instantes, esta breve reconciliação parece redentora. Limpa outras nuvens negras de um ano inteiro, em desenhos frágeis e efémeros, que me apetece acreditar, que só eu vi…]
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Passagens [3]


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Sentada na mesa, a tomar o pequeno-almoço, o comboio passa a uns metros de mim e do vidro da janela grande. O chão treme. [Alguém diz adeus... por vezes.]
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.Segue o primeiro, em direcção a Valença.
Segue o segundo, em direcção ao Porto.
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Os comboios lembram-me viagens.
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[No entanto, permaneço. Fotografo. Ouço, de novo, o silêncio da linha e da casa. Porque, nem tudo se passou lá fora...]
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Agosto V.N. Cerveira, exterior da Casa do Artista

Passagens [2]







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Subir...
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Encontrar!
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Descer...
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[Descoberta. Silêncio. Passagem...]
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Agosto em V.N. cerveira, exterior da Casa do Artista

Passagens [1]



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De cá para lá...
De lá para cá...
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Do sol para a sombra...
Da sombra para o sol...
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[Permanência. Deslocação. Passagem...]
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Agosto V.N. Cerveira, exterior da Casa do Artista

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Da arrumação dos regressos…



[Noite]
[Manhã]
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Balbuciantes palavras, estas minhas…
Não é que não tenha escrito, durante estes dias, fora do Porto… Mas, foi um processo solitário, de manhãs roubadas, dentro de casa, onde o frio predominou, com aparições de chuva, sobretudo matinais.
O acordar foi sempre cedo, porque havia frio e humidade e demasiada luz a entrar no quarto… [Ainda bem, que a minha condição e reputação de friorenta, me fez levar camisolas de lã e calçado quente… duas tardes de sol, mais ou menos forte, foram um presente inesperado e gratificante…]
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Não é que não tenha falado, já que, no resto do dia estive sempre acompanhada.
Era um grupo, razoavelmente, grande e falar seria esperado… E trocar ideias…
Mas, nem tanto… As pessoas trocam, cada vez menos, umas com as outras. Ou, porque não têm grande coisa para trocar, ou porque não lhes apetece… [para não comentar a qualidade da troca, que é sempre subjectiva e, quem sou eu, para julgar os outros?].
Em certos contextos, há tendências que não parece valer a pena contrariar.
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Vence o monólogo, ou o silêncio, que terão as suas potencialidades, não sei… Não tenho grandes certezas quanto a isso. [Apenas sei, que tento contrariá-los quando dou aulas. Não tenho que o fazer quando estou de férias, embora a deformação profissional, ainda, me tenha sido apontada. Aí, calei-me, definitivamente]. E calar-me-ei, de futuro, em idênticas circunstâncias. Fica aquela sensação pobre, de estar a perder tempo, que eu não gosto de sentir, mesmo em férias…
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Que não se tratou bem de férias… mas, de trabalho. Quanto a isso, não há grande coisa a dizer, a não ser que correu bem. Pena é, que os últimos dias sejam, sempre, tão cansativos e nos façam regressar com a sensação de que quase adoecemos… e sem grande vontade de voltar a abandonar o ninho. Ficam os voos adiados, ou modificam-se as trajectórias… sonha-se em casa… escreve-se em casa… rondam-se lugares mais próximos…
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Mas, gostei desta semana, apesar da sensação da arrumação dos regressos [arrumação das malas e do seu conteúdo, arrumação das ideias que se construíram e da lembrança de algumas pessoas que, inevitavelmente, deixam a sua boa marca].
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Mesmo assim, ainda balbuciantes, as palavras teimam em enrolar-se. Teimam em não ser uma composição coerente… Ainda, sinto os lugares sobrepostos e a mente repartida.
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[Amanhã. Talvez amanhã… Amanhã acordarei cedo e verei o lugar onde a mente pousa. Depois… quem sabe, um pequeno voo, nem que seja virtual!...]
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Agosto em V.N. cerveira, Foto 1 e 2 casa do artista Foto 3 tarde de sol

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Saudades de um "menino" grande...


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Boas férias para o meu filho, de quem já sinto saudades...
Apesar de saber, que está onde quer estar, que está bem acompanhado, que não lhe faltará nada [a não ser o sol...], não deixo de sentir saudades.
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Também irei arrumar as nossas malas, para seguir na direcção oposta, metáfora do crescimento dos filhos e do largar amarras... sem deixar de gostar... sem deixar de querer... sem deixar de sentir...
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[Retemperados virão, espero, mais morenos e saudáveis, também... prontos para mais um ano de trabalho e incógnitas, porque, estar a caminho da idade adulta, não é nada fácil, mesmo se os adultos signficativos estão por perto... porque a vida deles nunca foi, realmente, nossa... e nunca tive essa pretensão...]
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Fotos não tão recentes do meu filho

E a chuva continua...




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À medida que as horas passavam a chuva insistia em cair, em bátegas cada vez mais fortes.
Gosto de andar à chuva, de carro, ao lado do condutor, claro. [Privilégio de quem, ainda, pode e tem como se deslocar, assim, mesmo em dias de chuva...]
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Parece que tudo fica filtrado por um véu pardacento, mas... que não deixa de ter o seu encanto.
Pena que seja em Agosto, em vésperas de viagem, para o norte...
Pena que seja em Agosto, quando a minha prole [bastante autónoma], acabou de se instalar, mais a sul, para fazer uns dias de praia...
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Tirando o Agosto, até que saberia bem... a cidade fica mais limpa [o lixo escorre para o rio Douro, que o levará até ao mar, que o trará às praias..., sem qualquer intervenção da autarquia, diga-se.].
O ar, desanuviado, torna-se mais respirável...
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[E mais uns assuntos tratados... que não podiam ser adiados... Finalmente, estão resolvidos. Férias produtivas, estas minhas férias... quem diria?... Só não sei, se esta chuva de Agosto, fará bem às uvas? Não é que tenha quintas no Douro, mas lembrei-me da pequena latada do meu avô paterno, há muito perdida, no tempo, e preocupei-me... em vão. Também pensei nas vinhas de uma agricultura, ainda de subsistência, escondida e camuflada... e preocupei-me... também, em vão, muito provavelmente!]
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Fotos tiradas no carro em andamento, rotunda junto ao Castelo do Queijo

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sem título... agora.

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Com tanto zoom, era esperado ver o movimento dos marinheiros sobre o convés...
Mas não. Apenas as luzes de um final de tarde [como sempre ventoso e húmido], nas praias do norte, perto do Porto.
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E um pormenor insólito, a que nenhum de nós resistiu e captou, abanando ao vento norte... de nortada.
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[Aconteceu no tempo em que se filmava, em que fazíamos pequenos filmes experimentais e tirávamos alguns prazeres dessa actividade... morosa... a dois.]
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Frames de takes de 2001, Perto do farol da Boa Nova