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Este parece ser o chão que piso.
Mas será que sei, como ando a percorrer as superfícies que piso e repiso?.Acho que não. Diria, mesmo, que não!
Os dias continuam a passar por mim sem eu sentir que participei, realmente.
Mas será que sei, como ando a percorrer as superfícies que piso e repiso?.Acho que não. Diria, mesmo, que não!
Os dias continuam a passar por mim sem eu sentir que participei, realmente.
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Tenho-me queixado de falta de autonomia... que dependo de tudo e de todos para realizar seja o que for. Parecem-me queixinhas pardacentas para me desculpar desta má notícia que me estou a dar [e que se anuncia há uns tempos largos, com muitos disfarces e inúmeros sintomas, que eu, numa descuidada superficialidade, não quero ver].
.Certo é, que me parece ter perdido a capacidade de improviso. [Por vezes, dá tanto jeito e é a melhor resposta para o imprevisto, para a rotina, para a decepção, para o tédio e para a falta de vontade de lidar com os outros (e, porque não, admitir que me cansam, de uma vez por todas?)].
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É que eu não creio que exista improviso sem plano, da mesma forma que não creio que se invente a partir do nada. A invenção pressupõe um acumular de experiência que, de repente, pode transformar-se num novo sentido [assim, como uma espécie de insight].
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Perdi qualquer coisa fundamental, sem dúvida [terão morrido, precisamente, aqueles neurónios que me davam essa frescura mental para planificar e essa disponibilidade para inventar?...].
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Ou é mesmo uma imensa falta de vontade para continuar a fazer o que faço?.
Piso o chão. Repiso este chão.
E o tempo passa. É mesmo um perdulário… o tempo que passa.[Como costumo dizer e desta vez não o digo a brincar, o tempo é um novo rico! E eu não gosto nada disso.]
Tenho-me queixado de falta de autonomia... que dependo de tudo e de todos para realizar seja o que for. Parecem-me queixinhas pardacentas para me desculpar desta má notícia que me estou a dar [e que se anuncia há uns tempos largos, com muitos disfarces e inúmeros sintomas, que eu, numa descuidada superficialidade, não quero ver].
.Certo é, que me parece ter perdido a capacidade de improviso. [Por vezes, dá tanto jeito e é a melhor resposta para o imprevisto, para a rotina, para a decepção, para o tédio e para a falta de vontade de lidar com os outros (e, porque não, admitir que me cansam, de uma vez por todas?)].
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É que eu não creio que exista improviso sem plano, da mesma forma que não creio que se invente a partir do nada. A invenção pressupõe um acumular de experiência que, de repente, pode transformar-se num novo sentido [assim, como uma espécie de insight].
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Perdi qualquer coisa fundamental, sem dúvida [terão morrido, precisamente, aqueles neurónios que me davam essa frescura mental para planificar e essa disponibilidade para inventar?...].
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Ou é mesmo uma imensa falta de vontade para continuar a fazer o que faço?.
Piso o chão. Repiso este chão.
E o tempo passa. É mesmo um perdulário… o tempo que passa.[Como costumo dizer e desta vez não o digo a brincar, o tempo é um novo rico! E eu não gosto nada disso.]
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O desânimo não é um bom parceiro. Há dias, seu sei... E temos de nos dar o direito a reclamar. Mas há sempre janelas que se abrem. (Oh! lugar comum). Mas há, de facto há, só que, às vezes, não estão exactamente onde estamos habituados a vê-las.
ResponderEliminarEntão, é preciso ânimo para as enxergar e abertura para as aceitar em lugares diferentes.
Um beijo (SOLidário)
aquele s antes do eu ...
ResponderEliminargralhas irritantes
:))
Agradou-me essa metáfora das "aberturas" em lugares diferentes.
ResponderEliminarAndarei a olhar demais para o "chão" (metáfora, também...)?
Obrigada pelo bj (SOlidário)
Um pequeno reparo...
ResponderEliminarSomos um bocado noctívagas, não?
Eu posso andar com Um Ar De sono...
E tu, como é que fazes para ser Mariadosol?
:)
Bj
entendo e de muitas formas partilho o teu cansaço...
ResponderEliminarfarta de tudo, mudança urgente à flor da pele
e o tempo a passar no mesmo chão.
balões. fixo-me em balões e sei que no momento certo...acontece!! sem explicação.
sou mesmo muito crente eu sei...:)
é que sabes, não tenho outra saída... mesMo!!
e espero por dentro de balões. asSim... :)
abraÇo.beijO
Os antiestamínicos (a tosse!!!) e o recolhimento por via dela (da tosse), juntaram-se (à esquina?)para acentuarem ainda mais a minha definitiva costela nocturna.
ResponderEliminarBeijo Sol&dário (assim fica mais...tipo... actualizado, modernaço, ar de eficácia e companhia L.da) ehehe
:))
"…quando
ResponderEliminarQuando me vejo só e sozinho
não me tento em perder-me em tudo e no quanto que me falta,
cravo as garras com força no núcleo atómico da minha alma,
mordo esfomeado o meu coração,
pico-me,
esbofeteio-me,
espremo-me,
desdobro-me,
viro-me de avesso,
volto-me ao direito,
espirro
e sigo o meu caminho."
Hum...parece-me apropriado esta espécie de poema de um autor Lituano, muito recentemente traduzido no Brasil.
PS atenção aos beijos que qualquer dia são proibidos. Transmitem muitos fluídos. E a solidariedade também que se acautele.
O chão que pisas
ResponderEliminarA saia que vestes
Uma saia AMARELA.
Experimenta!
Bjs
mas o tempo também traz sabedoria. e por isso potencia a invenção. ou domínio do improviso. e melhor leitura dos sinais. para além do tédio (ou apesar dele).sabendo-se sempre o chão que se pisa...
ResponderEliminarbrilhante texto.
Os lituanos são assim mesmo...narcisistas elevados à máxima potência...mas estranhamente não se afogam em lagos. :)
ResponderEliminarSenhora-san,
ResponderEliminarque auspiciosa descoberta sois.
Vossa.
Pois, de vós, direi o mesmo.
ResponderEliminarCertamente, com Um Ar De maior espanto.
Infelizmente, não percebi como comentar no vosso blog.
Depois, pensei melhor e achei que deve ser mesmo assim. Não carece de mais palavras.
Obrigada pela visita, a qual retribui, curiosa e intrigada e agradada.
Não vos direi mais nada. Sabereis o que entender.
Vossa [também, com o leve baixar de cabeça...]
Que posso eu acrescentar a tão doces palavras de melancolia, apenas que as sinto, e que visto como se fossem minhas.
ResponderEliminarQue bom ler-te, deste lado, Chahy!... Mesmo que seja para partilhar melancolias e não imensas alegrias. [Embora rimem...]
ResponderEliminarUm bj de saudade