terça-feira, 9 de setembro de 2008

De que são feitas as cordas...



.
.
Quando o trabalho se torna escravidão, é escravidão, mesmo.
Há cordas que, ou são de aço, ou tenderão a quebrar.
Não sei de que são feitas as minhas cordas. Sei que não estão muito resistentes, ao ponto de aguentarem grandes esticões.
.
.
Resta-me a consolação [que não é consolo nenhum] de olhar à volta e perceber que não estou sozinha, nesta azáfama insana.
Tal como previa, deixei de ter tempo para um olhar desinteressado, nem que fosse por uns minutos, para um outro cenário qualquer… [pena… cansaço prematuro… preocupação… desconsolo… desânimo… e o que tem que ser…].
.
.
Presumo que terei que conseguir. Talvez presuma mal… Algo me parece mais ou menos evidente. O próximo ano lectivo vai sair-me muito caro, a vários níveis. [Já me sinto mais empobrecida…].
.
.
[Deveria decidir outras coisas para a minha vida? Deveria optar por ter uma vida? Deveria… Não sei. Mais uma vez, alimentei falsas esperanças. Este ano não vai ser mais fácil do que o anterior. Ponto final!]
.
.
foto de Pedro Moço in Olhares.com, Nervos de aço

10 comentários:

  1. O sentimento das contradições que te assaltam não podia ser mais evidente... mas estás por isso mesmo cheia de vida...O que entristece é que tantas vocações para uma missão tão nobre como é a causa do ensino e da educação tenham virado cansaço e esgotamento com tanta burocracia e constrangimento onde deveria haver renovação e liberdade de criar...Mas falta o tempo....tanta pressa para quê? restam as novas tecnologias que podem incentivar o poder das imagens...e ser uma ajuda quase mecânica.
    Face ao que não se pode mudar a melhor atitude será a paciênca, a coragem e a lucidez...aliadas à capacidade de reflexão e de planificação e de experiência já consolidade que evidencias seguramente.

    Abraços de lucidez e entusiasmo...

    ResponderEliminar
  2. [Já me sinto mais empobrecida…].

    ai, não digas isso!!

    as decisões são difíceis,

    mas, se és infeliz assim...!!

    e quem muda deus ajuda?

    então, com deus ao lado

    ( whatever :) porque

    não?

    pelo menos e pra já,

    pode dar pra pensar.




    beijo




    ~

    ResponderEliminar
  3. Taciturno, preocupante, desistente- assim leio o teu texto, amiga. Espero que tenha lido muito, muito mal... e que lhe dês uma reviravolta!!

    ResponderEliminar
  4. de uma lucidez que arrepia. espero que essa mesma lucidez não te cegue (mais uma contradição) e encontres o ânimo necessário.

    também me sinto empobrecido. pelo que vou sabendo...

    beijo

    ResponderEliminar
  5. Aguenta menina dos olhos tristes, que esse aço que te amordaça é de fio fino, que se estilhaça ao primeiro estirão. Libera-te, note-te oprimida e isso não é bom, para ti.
    Não deverias, DEVES. Vamos a ver se te empurramos um bocadinho e começas a correr e a saltar, sim, é isso que te falta.

    Um grande abraço, carregado de energia

    ResponderEliminar
  6. ...o peso das cordas que outros apertam
    beijos

    ResponderEliminar
  7. pro tripalio...

    o corsery oferecia a formula:)

    optar pelo fruto do amor entre o trabalho e o ocio:)

    nao ha alegria nem salvaçao para os que trabalham a toque de caixa.

    ResponderEliminar