quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Da arrumação dos regressos…



[Noite]
[Manhã]
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Balbuciantes palavras, estas minhas…
Não é que não tenha escrito, durante estes dias, fora do Porto… Mas, foi um processo solitário, de manhãs roubadas, dentro de casa, onde o frio predominou, com aparições de chuva, sobretudo matinais.
O acordar foi sempre cedo, porque havia frio e humidade e demasiada luz a entrar no quarto… [Ainda bem, que a minha condição e reputação de friorenta, me fez levar camisolas de lã e calçado quente… duas tardes de sol, mais ou menos forte, foram um presente inesperado e gratificante…]
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Não é que não tenha falado, já que, no resto do dia estive sempre acompanhada.
Era um grupo, razoavelmente, grande e falar seria esperado… E trocar ideias…
Mas, nem tanto… As pessoas trocam, cada vez menos, umas com as outras. Ou, porque não têm grande coisa para trocar, ou porque não lhes apetece… [para não comentar a qualidade da troca, que é sempre subjectiva e, quem sou eu, para julgar os outros?].
Em certos contextos, há tendências que não parece valer a pena contrariar.
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Vence o monólogo, ou o silêncio, que terão as suas potencialidades, não sei… Não tenho grandes certezas quanto a isso. [Apenas sei, que tento contrariá-los quando dou aulas. Não tenho que o fazer quando estou de férias, embora a deformação profissional, ainda, me tenha sido apontada. Aí, calei-me, definitivamente]. E calar-me-ei, de futuro, em idênticas circunstâncias. Fica aquela sensação pobre, de estar a perder tempo, que eu não gosto de sentir, mesmo em férias…
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Que não se tratou bem de férias… mas, de trabalho. Quanto a isso, não há grande coisa a dizer, a não ser que correu bem. Pena é, que os últimos dias sejam, sempre, tão cansativos e nos façam regressar com a sensação de que quase adoecemos… e sem grande vontade de voltar a abandonar o ninho. Ficam os voos adiados, ou modificam-se as trajectórias… sonha-se em casa… escreve-se em casa… rondam-se lugares mais próximos…
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Mas, gostei desta semana, apesar da sensação da arrumação dos regressos [arrumação das malas e do seu conteúdo, arrumação das ideias que se construíram e da lembrança de algumas pessoas que, inevitavelmente, deixam a sua boa marca].
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Mesmo assim, ainda balbuciantes, as palavras teimam em enrolar-se. Teimam em não ser uma composição coerente… Ainda, sinto os lugares sobrepostos e a mente repartida.
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[Amanhã. Talvez amanhã… Amanhã acordarei cedo e verei o lugar onde a mente pousa. Depois… quem sabe, um pequeno voo, nem que seja virtual!...]
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Agosto em V.N. cerveira, Foto 1 e 2 casa do artista Foto 3 tarde de sol

5 comentários:

  1. Por vezes as férias dão aquela sensação de que ficamos ainda mais cansados do que quando entramos nelas, eu pelo menos noto isso mas nem é de fazer muito, é a falta que aquela rotina escolar me provoca, e eu no inicio das férias nunca me lembro que no final vou dizer isto. Mas há que as aproveitar, pois mais um pouquinho e venham os testes, provas, e outras coisas doces.

    Falou de um ponto muito interessante, em que disse que as pessoas cada vez menos comunicam, com outra expressão julgo, porém não podia concordar mais consigo.
    Acho que hoje em dia confunde-se muito o estar rodeado de amigos por gosto, ou apenas porque se tem que conviver, e então juntam-se algumas pessoas que no final resulta num tempo desperdiçado, e eu já vejo isso por exemplo na minha idade.
    Não sei se se referia a isto, mas eu tomei por aí, e acho que não é só nas férias que o vemos.

    Gostei do seu regresso :)

    Beijinho e continuação de boas férias.
    Boas arrumações.

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  2. sim, ancorar

    ou

    mudar

    a confusão boa

    de respirar

    de ser

    a colar se aos rios

    a permane

    cer :)



    beijo

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  3. Olá, linda!
    Este texto deixou-me uma sensação de tristeza. Imaginava-te a chegar, cheia de entusiasmo, de energia e com a sensação do repouso merecido.
    Espero, ao menos, que o físico tenha repousado e que as dores de cabeça não tenham encontrado o(s) sítio(s) por onde andaste.

    Umbeijo grande e, se quiseres diz alguma coisa. Estou por cá.

    Beijinho grande

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  4. Não te preocupes, Graça.
    Não fui para descansar... e, apesar de fria e húmida a casa do artista é um lugar interessante.
    Normalmente, passa-se é muito pouco tempo dentro do seu todo, que tem recantos muito bonitos...
    Talvez eu não esteja numa fase muito sociável, também... o que não quer dizer que eu náo goste, sobretudo, de pessoas. :)
    Agora, é tempo de organizar algumas ideias. Fico mais parada, nestas alturas...
    As dores de cabeça foram, para já, das cacimbadas e dos choques térmicos que tivemos que suportar. Vá lá!...
    [Um beijo grande para ti]
    P.S.: Esperamos pela T&T?

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  5. acompanhei agora


    as tuas


    pa s s agens...



    ~

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