quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Das árvores que rompem o céu...




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As árvores fazem-me falta. Sempre...
Gosto de as olhar, assim, de baixo para cima.
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Parecem querer rasgar o céu... chegar mais alto, ainda. São árvores... crescem, magestosas, nesta ilusão, que me apetece reforçar, nestes meus olhares rasteiros. [Ali ficaram, ali estarão, ali são!]
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Conseguem conviver com a urbanidade, também... [E, ainda bem.] Não gosto de cidades sem árvores. Preciso delas.
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Hoje, acordei a sonhar com Nada... ao mesmo tempo, a sensação de acordar foi de alívio... como se o meu sono inquieto fosse um emaranhado de pesadelos sem nome, sem rostos, sem assunto [coisa rara e que, normalmente, nunca acontece]. E precisei de ver árvores...
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E a vontade de as ver não se esgotou na palmeira do meu rectângulo urbano [que também se aventura em direcção ao céu, ultrapassando os limites da janela do meu quarto, prometendo ser uma grande árvore, que ajudei a plantar...].
Precisei de mais... precisaria de uma floresta inteira! Talvez precisasse, mesmo, de me perder num passeio, sem horas e sem migalhas de pão, para me ditarem o regresso... [na esperança de que os pássaros as comessem... tal como na história...].
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[Floresta... só se for de ruas e casario, por hoje, ainda. Há assuntos(inhos) para resolver, que não se compadecem dos meus desejos de me perder em florestas com árvores é árvores e árvores...]
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Fotos de árvores quase nuas, sem que me lembre da data

4 comentários:

  1. As árvores têm tudo aquilo que nós queremos a pouco e pouco atingir, mas que elas com a sua calma possuem naturalmente : calma, postura, atitude, beleza, respeito, e o mais importante, raízes.

    As árvores são sem dúvida únicas, e aconselham-nos bem, então quando só escutámos as folhas a agitarem-se com a aragem, parecem dizer segredos.

    Gostei muito, como sempre um texto sincero e bonito.
    Continuação.

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  2. O teu texto é como sempre, muito bonito e a irromper de ti! De facto o tempo (atmosférico) tem andado pouco comprometido com os seus deveres! E, isso não ajuda... eu sei! Mas, ainda assim... e olhando as árvores, sem grandes metáforas, e se calhar de modo linear, as árvores renovam-se a cada apeadeiro do ano. É da natureza delas, eu sei! Ainda assim...Altius! E, já agora, Citius e Fortius (apesar de todas as corruptelas, estas 3 palavras ainda mantêm desafios importantes para a nossa rasteira humanidade!
    Oh pra mim a "espalhar-me"!
    beijos antropológicos rsrsrsrsrsr

    :)

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  3. Quando te leio, parece que te estou a ouvir pensar!!
    As árvores esperarão por ti, onde quer que seja:))
    E as fotos, que rendilhado-pintura japonesa-labirinto belo.

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  4. Bonitas fotografias e excelentes palavras.
    Mas já pensaste o que é ser árvore numa cidade e ver chegar o barbeiro para a deixar quase em tronco? Uma barbaridade que me deixa triste. Mas elas não desistem e lá vêm os rebentos que vão crescendo até nova chegada do barbeiro...
    Valentes, persistentes, a lutar pela vida.

    Beijinho

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