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Esta loja, de louças e acessórios sanitários, sempre me fascinou!....
Os bonecos têm um ar terrível e assustador, cada vez mais.
Uma vida de faz de conta, numa montra a caminho das Antas...
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Desta vez, não resisti. Há sempre demasiados reflexos de luz no vidro, quando passo..., mas consegui apanhar o quadro. [Normalmente, quase que encosto a cara, para ver os detalhes.]
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Aos anos que ali estão!... [Devem limpar-lhes o pó, raramente. O acesso parece difícil...]
As persongens estão a ficar com um semblante carcomido pelo tempo, como se tivessem envelhecido, realmente..., no entretanto.
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Antes que mais uma loja feche neste quarteirão [cada vez há mais lojas a fechar, por aqui, como em todo o lado], fica imobilizada esta vida de faz de conta.
Fiz parar o tempo?
Não há mais pó que se acumule...
Estas personagens, que lembram já a morte, não envelhecem mais...
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Foto de uma montra ao dobrar de outra esquina, perto de casa
linda um ar de:
ResponderEliminareste teu post parece de encomenda...
além de estar muito bem "apanhado" (tu tens uma graça especial a abordar as coisas) relembrou-me como sou inapta para certas tarefas...
a braços com umas remodelações cá em casa, na área da tua vetusta montra, recordam-me diariamente como não percebo nada do assunto ehehehe
e eu concordo....
não tenho capacidade de abstracção.... se vir sei dizer se gosto ou não....mas arquitectar.... quem sabe se eu tivesse visto a "tua" montra tivesse feito melhor figura aqui entre os meus rapazes...
Um beijo
estão
ResponderEliminarmuito bem mortos.
muito bem.
beijO ~
Podem lembrar a morte, mas têm muita graça.
ResponderEliminarBeijo
Não consegui tempo para colocar nada de novo.
ResponderEliminarSe calhar, também não há...
Semanas de muito trabalho e pouquíssimos dias de descanso se anunciam.
Pode ser que num entretanto...
Espero que a vossa quarta-feira tenha sido prazenteira.
Beijos até um destes dias.
Até um destes dias...
estarão mortos. mas as tuas palavras dão-lhes vida.
ResponderEliminaradmirável...
quem é a "malta"? são todos aqueles para quem o Zeca cantava... e o percebiam!...
ResponderEliminarsou honesta, os bonecos são mórbidos, parecem saídos de um filme de Stephen King. O teu post arrepiou-me, talvez sejam os meus olhos, mas nele vejo a degradação da nossa sociedade, encaixada numa vitrine, indiferente ao que se passa ao seu redor, e invísivel aos olhos dos outros.
ResponderEliminarbeijinho e bom Wk
Herético amigo,
ResponderEliminarBem me parecia que era esse o significado.
Estamos reduzidos a poucos.
Dirias, se disseres... mas a "bons"!
Servir-me-ia de consolo, o meu filho ter (re)descoberto Zeca Afonso... e gostou imenso, da música, das letras, do homem.
Mas continuamos a ser poucos, num tempo em que o "quantitativo" e o "mensurável" impõem novas lógicas de pensamento e de acção.
Daí, a saudade.
[BEIJO]
Sombras de fim do dia,
ResponderEliminarMinha querida, não é dos teus olhos... lembra isso mesmo.
Metáfora, sem dúvida.
Aliás, a loja não tem futuro... não renova o stock há anos. Vai fechar e ninguém se lembrará dos seus tempos áureos [porque os teve!].
As fortunas do país [e ilustres afortunados, casa vez mais escassos, mas mais abastados] encarregam-se de acabar com lojas de bairro e construir Mega Centros Comerciais.
Indiferença, dizes tu. E é...
Ainda me parece-me mais grave do que isso e é lamentável.
[BEiiiJO]