quarta-feira, 28 de maio de 2008

Desafio(s) para mais uma Quarta-Feira




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.Não será por falta de assunto [logo numa quarta-feira!...], que irei responder a mais uma daquelas cadeias de desafios, desta vez, colocada pela Maria do Sol em Branco no Branco.
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Há que desvendar SEIS das coisas que mais se detestam, ou não se suportam, ou… por aí!
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Então e por aí… e porque não, a primeira coisa, que me ocorre, é que não gosto de pensar que estou a perder tempo [quase dói, ao saber a falta que me faz, nem que seja para dormir!].
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O resto, vem por acréscimo, como seria de esperar e a primeira nem conta:
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.Não gosto de conversas enfadonhas [por exemplo, reduzir o interesse de qualquer passeio às paragens gastronómicas, entre muito outros, afins… já que “nem vou, daqui ali, para comer!”, como diria a minha avó materna...].
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.Não gosto dos inevitáveis monólogos daqueles que já não sabem falar sem citar autoridades na matéria [ao ponto de nem mencionarem os autores, ao ponto de se apropriarem, mesmo!].
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.Não gosto de ouvir os bons conselhos, de quem não tem nada que me assente, mas é convicto, o suficiente, para não ver as minhas tentativas infrutíferas de fuga e desespero [assim, quando consigo afastar-me, a única que parece ter dado alguma coisa fui eu – horas e minutos preciosos da minha falta de atenção, entediada…].
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Não gosto da imprevisibilidade das minhas enxaquecas [para não falar da sensação enjoativa de ter que suportar o peso inútil desses dias e dos que se lhe seguem, conformada, mas não convencida…].
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Não gosto das obrigações cíclicas e festivas do calendário [se pudesse, fugia do país, nem que fosse para me aborrecer de tédio num sítio distante, nem que fosse para dormir…].
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Não gosto de ter montanhas de compromissos, que não posso adiar, quando a disposição é o cansaço, a vontade de sair de casa, só para me ouvir bater com a porta [sobretudo, porque não o faço… nunca o faço… apesar de os achar, cada vez menos, os meus compromissos e me dizerem tão pouco!].
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.Dito de outra maneira, talvez não seja pessoa de grandes ódios, nem de grandes amores, outros diriam... se dissessem... se os quisesse ouvir, também.
Não sou pessoa para gastar o tempo a odiar, desmesuradamente e sem tréguas...
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[O resto…, de momento, é quase nulo. Não posso dizer que não suporto, a priori, ninguém, ou nada. Por isso, gosto cada vez mais de pequenas surpresas e não me aventuro a pensar nas grandes, sobretudo, quando as pequenas surgem… inesperadas.]
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Foto que me veio parar em casa, infelizmente de autoria desconhecida

10 comentários:

  1. Como sempre: densa, brilhante e naturalmente verdadeira ...

    beijos gratos

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  2. Um texto inquietante mas sempre interessante.

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  3. Interessante retrato nos dás de ti, à volta do tempo:o que nos fazem perder, o que nos falta, o que nós desperdiçamos.
    Gosto de ti :))

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  4. e eu não gosto de passar aqui a correr...
    não gosto de ter que me deitar cedo porque no dia seguinte tenho que levantar cedissímo...
    ...
    vim mesmo só dar-te um beijo de boa noite :)
    [sexta-feira volto com mais calma]

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  5. Palavras convincentes as tuas, bem definidas.

    El tempo es oro, como se dice mucho por aquÍ.

    Vou respeitar o teu tempo, parabéns.

    Conhecer gente enriquece-nos...

    Os meus mais respeitoso cumprimentos

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  6. Quem entra de novo... Rui... Duarte... faz parte das surpresas inesperadas!
    .
    :)
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    [Beijos de voltem sempre, que eu já vos "conheço" de outros "lugares"]

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  7. teces muito bem o "rosto" da tua alma (ou apenas o carácter?)

    gostei muito.

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  8. Sinceramente, acha que o meu blog é pimba?

    Muitos cumprimentos

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  9. Conheces-te a ti própria? Não vais por aí-e sabe-lo!
    Mas fazes o que gostas, sempre que possível?

    beijinho

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  10. Meu caro LL,

    Claro que não...
    E como deve dar para perceber!...

    Já nem preciso de entrelinhas...
    É nas linhas, mesmo, que o voo é adiado, sempre...

    A curiosidade, essa, mantenho... talvez a atenção, também.

    [Beijo de apesar de tudo, sempre!]

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