segunda-feira, 26 de maio de 2008

Metáfora em verde claro-seco...



.
.
As heras formam tapetes lindíssimos…
As heras têm uma tonalidade discreta, de que eu gosto… um verde claro-seco!
Mas, não deixam de ser o que são: parasitas!
.
.
Não me iludem, apesar de tais peculiaridades.
Aparentemente, parecem fazer parte do todo... Curiosamente, escondem-no!...
Hoje, enquanto as admirava, ao longe [depois, ao olhar bem para elas], bem que as dispensava!
.
.
Hoje, arrancava-as a todas!… Deixava respirar as árvores e o chão, finalmente!
Talvez, quem sabe, depois desta tarefa de jardinagem, pouco comum [um tanto ou quanto agressiva, reconheço(-me)!...?], também conseguisse respirar melhor e reconhecer o que elas teimam em esconder, num verde manso, de que até gosto… um verde claro-seco!
.
.
[Lá continuam… como metáfora de mais uma segunda-feira, inconclusiva.]
.
.
de 2008, Foto de heras num jardim interior

12 comentários:

  1. Boa semana, sem heras parasitas :))

    ResponderEliminar
  2. Um dia... apanho-as!
    :)

    [Beijo amigo]

    ResponderEliminar
  3. Alertaste-me para uma realidade em que nunca pensei. Gosto das heras e nunca as vi como parasitas... ou será que nunca quis ver isso?...

    Beijinho

    ResponderEliminar
  4. inclusas sempre

    e nem sempre inconclusas

    as segundas feiras...


    :)





    beijO

    ResponderEliminar
  5. hera... e não era...inconclusões.
    Afinal uma conclusão.
    E um beijo conclusivo e cansadinho...:)

    [os teus beijos adjectivados vão pegar moda, porque são muito interessantes.mais um pois então!}

    ResponderEliminar
  6. linda um ar de
    aconteceu-me o mesmo que à gp... é bem verdade que nem tudo o que balança cai...mais um olhar que aprendi contigo.
    mas.... gosto de te ver com vontade de arrancar as heras... gosto pois...
    beijo animado

    ResponderEliminar
  7. Uma voz quebra o silêncio
    Um espelho retêm a beleza
    Vi com os olhos fechados
    A fúria da minha incerteza

    Fecham-se as janelas de poente
    Este nevoeiro galga o pensamento
    Uma semente solta num ribeiro
    Corre no incerto de cada momento


    Deixo-te uma doce acalmia


    Mágico beijo

    ResponderEliminar
  8. não se pode fugir à cor. que molda.
    (por mais que se mude de... pele)

    gostei. de verdade.

    ResponderEliminar
  9. Caro herético,

    O teu comentário é de uma outra perspicácia... de outro nível!...
    .
    Como terás razão!...
    .
    Lembrei-me da hipocrisia daqueles que dizem que o conceito de "raça" passou de moda...
    .
    São "brancos", certamente.
    .
    Aí, concordo com o R. Iturra, quando diz [só cito o tom]que: "ora, tenham lá paciência, os caros colegas! Enquanto houver homens e mulheres no limiar da pobreza, exploração e desigualdades económicas a Norte e a Sul, chamem-lhe o que quiserem, mas não se tratará senão da mesma coisa"...
    .
    Mais ou menos esta, foi a minha leitura... e de cor, é assim que a recordo...
    .
    .
    É! Não se pode fugir à cor que molda. Mas o molde..., esse, estando impregnado em nós, não deixa de ser uma imposição exterior, neste sentido!
    .
    E tem mais força para uns do que para outros [como molde, nas "artes" e nos "sofimentos" do moldar, mais uma vez!].
    .
    [Beijo... das muitas cores da minha pele, que não visto...]

    ResponderEliminar
  10. Hoje era "um ar de" que expulsava as eras que chamas de parasitas!
    Será que elas impedem a respiração do solo?ou lhe trazem frescura e vitalidade?
    Sendo uma planta dionisíaca-o Velho Dionisos-deus da inspiração, da música e da pluralidade vital-era simbolizado como tendo uma coroa destas plantinhas enrolada na cabeça, e viajava em longos cortejos, acompanhado de sátiros e bacantes.
    Como o humor nos transforma? Peço um sorrisinho para essas "parasitas heras".Espero ser atendido...

    beijinho

    ResponderEliminar
  11. Caro LL,

    Não deixam de me fascinar... as heras, como também digo.
    .
    Talvez e não só pelas tonalidades, mas também, pela velocidade com que lançam os seus tentáculos! É num instante!... Umas résteas de sol, uns pingos de água... se for mais, ainda melhor... de pouco se alimentam.
    .
    Dito de outra forma, devoram o húmus, por baixo do tapete que estendem.
    .
    Por essa razão, serão símbolo de inspiração, que se quer rápida e engenhosa...
    .
    Por essa razão, assim, como as vemos, sobre o chão, enroladas às árvores, abafam tudo o que escondem.
    .
    Para te veres livre delas tens que ser firme e, por vezes, queimá-las! [Há produtos próprios para tal empreitada...] Mesmo assim, lá as há, que voltam... [Essa resistência não consigo deixar de admirar...]
    .
    Não tenho grandes dúvidas de que a "paisagem" seria diferente, sem elas. Respirava de outra forma.
    .
    Transpondo a metáfora, não tenho qualquer dúvida... Respirávamos todos muito melhor!...
    .
    Mas que as heras me seduzem, com o seu verde-seco... lá isso!...
    .
    Espero que te vejas livre das tuas, na justa medida do que sentes por elas...
    .
    [Beijo em tom de verde solidário]

    ResponderEliminar
  12. hoje não espreitei, porque andei por aqui... é os clássicos não são só ao Sábado de manhã...
    beijos

    ResponderEliminar