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.Temos reserva de água até 2009, ouvi ontem de manhã, a caminho… depois da madrugada obrigatória de sexta-feira.
A terra estará bem encharcada, para quando chegarem os incêndios…
[O húmus, também terá entrado nas profundezas dos campos, que estão em pousio, presumo. Ou presumirei mal?]
.
.A mim, esta chuva de Abril, Águas Mil, fez-me piorar.
Acordei com a sensação de um “piquinho” de febre… [logo eu, que tenho temperaturas de animal de sangue frio…]
.
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Lá fora, a chuva continua a cair. Ouvi-a de noite. [Onde será que os sem abrigo se abrigaram? Parece não haver sítio onde a chuva não chicoteie, com rajadas de vento, que a fazem rodopiar... E há os velhos conhecidos que circulam por aqui. Onde estarão?]
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.A chuva, vejo-a, agora, que me levantei e olho para o jardim, como se fosse ainda noite, como se fosse ainda ontem...
De repente, volta a cair com força.
Forma um tapete líquido e quase uniforme, de assustar.
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.Mais dois dias sem sair de casa, a tentar curar o que não melhorou…
Já não vou onde queria ir. [Se calhar, nem queria muito…]Aproveitarei para trabalhar…
Se puder, para descansar …
… E talvez tenha que ser vista por um médico… [Essa parte, saltaria de bom grado!]
.
.Só para variar, mesmo só para não ser sempre igual, gostava de acordar, um dia [um dia que fosse…], sem me doer nada. Nada.
Aí, faria uma festa para o meu corpo, só para ele!... Alimentava-o com tudo o que quisesse!... Faltava ao trabalho para o sentir rodopiar de felicidade…
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.Como esse dia já me cansou, de o esperar, alimento-o, porque é preciso e vou trabalhar. Depois, esqueço-o, sempre que posso [e ele deixa] e regresso, numa eterna zanga conformada.
Pensarei sempre que podia ser pior [com a nostalgia de quem não deixa de desejar que pudesse ser melhor…] e à revelia, com a rebeldia do hábito, lá me faz companhia, sempre atrás de mim, um pouco mais atrás... mas, faz-me companhia.
[Houve noites em que sonhei que o corpo era a minha sombra. Só o via plasmado em cinzento, no chão. Mas lá estava, à espera de um movimento meu. Não o fiz. Fiquei imóvel até acordar. A sombra não se mexeu, que eu vi!...]
.Temos reserva de água até 2009, ouvi ontem de manhã, a caminho… depois da madrugada obrigatória de sexta-feira.
A terra estará bem encharcada, para quando chegarem os incêndios…
[O húmus, também terá entrado nas profundezas dos campos, que estão em pousio, presumo. Ou presumirei mal?]
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.A mim, esta chuva de Abril, Águas Mil, fez-me piorar.
Acordei com a sensação de um “piquinho” de febre… [logo eu, que tenho temperaturas de animal de sangue frio…]
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Lá fora, a chuva continua a cair. Ouvi-a de noite. [Onde será que os sem abrigo se abrigaram? Parece não haver sítio onde a chuva não chicoteie, com rajadas de vento, que a fazem rodopiar... E há os velhos conhecidos que circulam por aqui. Onde estarão?]
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.A chuva, vejo-a, agora, que me levantei e olho para o jardim, como se fosse ainda noite, como se fosse ainda ontem...
De repente, volta a cair com força.
Forma um tapete líquido e quase uniforme, de assustar.
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.Mais dois dias sem sair de casa, a tentar curar o que não melhorou…
Já não vou onde queria ir. [Se calhar, nem queria muito…]Aproveitarei para trabalhar…
Se puder, para descansar …
… E talvez tenha que ser vista por um médico… [Essa parte, saltaria de bom grado!]
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.Só para variar, mesmo só para não ser sempre igual, gostava de acordar, um dia [um dia que fosse…], sem me doer nada. Nada.
Aí, faria uma festa para o meu corpo, só para ele!... Alimentava-o com tudo o que quisesse!... Faltava ao trabalho para o sentir rodopiar de felicidade…
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.Como esse dia já me cansou, de o esperar, alimento-o, porque é preciso e vou trabalhar. Depois, esqueço-o, sempre que posso [e ele deixa] e regresso, numa eterna zanga conformada.
Pensarei sempre que podia ser pior [com a nostalgia de quem não deixa de desejar que pudesse ser melhor…] e à revelia, com a rebeldia do hábito, lá me faz companhia, sempre atrás de mim, um pouco mais atrás... mas, faz-me companhia.
[Houve noites em que sonhei que o corpo era a minha sombra. Só o via plasmado em cinzento, no chão. Mas lá estava, à espera de um movimento meu. Não o fiz. Fiquei imóvel até acordar. A sombra não se mexeu, que eu vi!...]
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de uma mão que podia ser a minha, Foto retirada da net e manipulada
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recomendo yoga, para estares mais em paz com ele....
ResponderEliminartalvez, não sei se falo acertadamente, não sei o suficiente de ti...
mas.
abraço amigo.
eu também.
abri(l).
Mais um excelente retrato teu, que afinal é um retrato de todos nós.
ResponderEliminarEste texto corrobora a opinião que te transmiti, há uns dias...
Bom fim de semana, indolor mas colorido :)
Olá :D
ResponderEliminarAntes de mais começo pelo título, muito sugestivo.
Devo dizer que gosto bastante da chuva, prefiro-a ao frio, mas no nosso país aliam-se os dois :S
E depois sim, há tendência para sentir febre e tal.
Mas eu gosto da chuva, e contribui para as reservas de água.
Ouvi dizer que mais 40 anos e não temos água, mas já ouço isso faz tempo há que falar com seriedade.
Recebi o teu comentário, mas não entendi como.
Beijinhos
fervilhante texto. talvez devido à pontinha de febre.
ResponderEliminarnão desistas dessa festa que tens reservada para o teu corpo. não há mal (no caso dores) que sempre durem!...
Peço desculpa pela complicação.
ResponderEliminarQuer que elimine o seu comentário?
Já a adicionei no messenger.
Minhas queridas,
ResponderEliminarQual Yoga... qual descanso... [antes tivesse sido].
Foi médico, com sotaque sul americano [aliás, velho conhecido e que sabia do meu horror a fármacos, lembrar-se foi estranho, depois de tantos anos!... porque nunca são os mesmos].
Receitou anti-biótico e "outros" que tais, que me dói o estômago, antes de iniciar a intoxicação...
O caso é "grave"... e se quero ir trabalhar segunda-feira... enfim...
Bahhh...
[Beijos doentes]
Marta,
ResponderEliminarFaz-me esse favor!...
Até breve. Não foi nada de grave...
Bem pelo contrário.
[BEIJO para ti]
Amigo Herético,
ResponderEliminarComo diria a minha avó, que me parecia gozar de excelente saúde e "foi-se", tão nova, restar-me-ia a esperança no que ela dizia: "mulher doente, dura sempre".
Mas, assim, também não quero!
[BEIJO]
Pena é que o que comentou vai também :P
ResponderEliminarMas apago.
pronto para te animar um poema:
ResponderEliminarEu conheço bem a fonte
Que desce aquele monte
Ainda que seja de noite
Nessa fonte está escondida
O segredo dessa vida
Ainda que seja de noite
"Ê ta" fonte mais estranha
Que desce pela montanha
Ainda que seja de noite
Sei que não podia ser mais bela
Que os céus e a terra, bebem dela
Ainda que seja de noite
Sei que são caudalosas as torrentes
Que regam os céus, infernos, regam gentes
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite
Assim como todas as portas são diferentes
aparentemente todos os caminhos são diferente
Mas vão dar todos no mesmo lugar
O caminho do fogo é a água
Assim como o caminho do barco é o porto
O caminho do sangue é o chicote
Assim como o caminho do reto é o torto
O caminho do risco é o sucesso
Assim como o caminho do acaso é a sorte
O caminho da dor é o amigo
O caminho da vida é a morte
Nessa fonte está escondida
O segredo dessa vida
Ainda que seja de noite
"Ê ta" fonte mais estranha
Que desce pela montanha
Ainda que seja de noite
Sei que não podia ser mais bela
Que os céus e a terra, bebem dela
Ainda que seja de noite
Sei que são caudalosas as torrentes
Que regam os céus, infernos, regam gentes
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite
Ainda que seja de noite
Oswaldo Montenegro
Começar de Novo...
ResponderEliminarObrigada pelo poema..., assim, ao acordar estremunhada e a ouvir a chuva, que continua a cair...
"fonte mais estranha
Que desce pela montanha
Ainda que seja de noite
Sei que não podia ser mais bela"
[BEIJO de volta mais vezes]
...mesmo as sombras podem ser belas
ResponderEliminaras melhoras
beijos
Não consegui escrever-te nada aqui.
ResponderEliminaraluaflutua tem cores para ti.
Beijo grande.