Não pensava chegar, assim, de uma quarta-feira em que quebrei a rotina do trabalho de escrava [qual copista, dos tempos que correm, sentada em frente ao PC a escrevinhar em tudo quanto é software] e ainda conseguir fazer o post deste dia da semana.
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.Resolvi escaqueirá-la, um pouco mais, guardar os trabalhos dos alunos para mais tarde e sentar-me, no sítio do costume, para lhe dar outra utilidade.
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.O que tenho para escrever não é quase nada, porque conversei o quanto baste.
Resolvi ir ao encontro da Tinta_Azul, da mesma forma como ela própria se desloca – de Metro.
Estava aquela chuva miudinha, que no Marquês torna tudo mais cinzento e o jardim mais despido de gente… [Se há estação de Metro, no Porto, mais feiinha, deve ser esta!... Não lembra nada e facilmente se esquece.]
Antes de entrar nos subterrâneos lúgubres, reparei numa estranha coincidência e não resisti. Fotografei a inversão.
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.Alguns estudantes do secundário, vindos dos três externatos das imediações, ajudaram-me a definir o trajecto. Como ando tão pouco de Metro, é sempre uma desesperante novidade. [Por outro lado, nunca fico à espera sozinha, o que não deixa de ser reconfortante.]
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.Tive que fazer o transbordo na estação da Trindade, apenas por três paragens [do Marquês, só há continuidade para o Hospital de S. João, que serve, mal, a nova zona universitária. O meu filho que o diga…].
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.Alguns estudantes do secundário, vindos dos três externatos das imediações, ajudaram-me a definir o trajecto. Como ando tão pouco de Metro, é sempre uma desesperante novidade. [Por outro lado, nunca fico à espera sozinha, o que não deixa de ser reconfortante.]
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.Tive que fazer o transbordo na estação da Trindade, apenas por três paragens [do Marquês, só há continuidade para o Hospital de S. João, que serve, mal, a nova zona universitária. O meu filho que o diga…].
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.Como fui cedo, de propósito, para gozar com o tempo e gozar o tempo [que não é bem a mesma coisa…], finalmente, observei bem o painel do Júlio Resende, em homenagem às vendedeiras do problemático Mercado do Bolhão. [Mais uma das implicâncias desta autarquia…, pelo menos, eternizado no mural cerâmico, bem tradicional, com alguns tons de azul mas, predominantemente, cobalto, branco estanhífero e um ar de graça, em amarelo! Homenagem à tradição, pelo menos na parede…]
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.Como fui cedo, de propósito, para gozar com o tempo e gozar o tempo [que não é bem a mesma coisa…], finalmente, observei bem o painel do Júlio Resende, em homenagem às vendedeiras do problemático Mercado do Bolhão. [Mais uma das implicâncias desta autarquia…, pelo menos, eternizado no mural cerâmico, bem tradicional, com alguns tons de azul mas, predominantemente, cobalto, branco estanhífero e um ar de graça, em amarelo! Homenagem à tradição, pelo menos na parede…]
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.Apercebi-me que não passava pela Rua de Santa Catarina há que tempos!... Não me lembrava já da Capela das Almas, em frente à saída do Metro [vá lá, não ficou mal de todo…] e continuava a chuviscar, de vez em quando.
Onde está o bom tempo prometido?
As comemorações do 25 de Abril vão ser à chuva e ao vento? Mau presságio…
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.Entrei em algumas lojas, mesmo só, para matar o tempo. Até me apeteceu comprar calçado de Verão. E comprei. [Numa loja para homens… que eu acho sempre mais interessantes e menos distractivas do que as de senhora. Nestas alturas, penso que sorte a minha, em ser enorme e poder calçar os números mais pequenos, que os homens do meu tamanho nem calçam!...].
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.Encontro à saída do Metro no tempo certo.
Soube-me bem revê-LA, assim, sem grandes alterações aparentes, para além do cansaço, que não se disfarça, nem se tenta!...
Conversámos muito e pouco. Nunca se põe a conversa em dia.
Até falámos das mães!...
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.Senti saudades da antiga vizinhança de gabinetes e de como sabia bem interromper, para fumar um cigarro, mesmo que fosse para conversar de trabalho, mesmo que fosse para nos rirmos, de pequenas desgraças rotineiras, fazer divergir o pensamento e trocar ideias sobre tarefas diferentes, mas complementares. [A informação circulava e o trabalho rendia mais.]
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.Mas os dias de ontem são passados e hoje, nada seria igual. Para mim, seria insuportável, mesmo.
Depois, porque nos queremos bem, encontrámos formas de proximidade outras, que nos fazem despedir com um até logo [insolitamente e no meio de conhecidos, que sempre aparecem, porque o Porto é uma cidade tão pequena…], que nos poupa a lágrima no canto do olho… Porque é um até logo!
Então, para celebrar este encontro, ao vivo e a cores com a Tinta_Azul, o céu despiu-se de nuvens e o sol apareceu. Tal e qual! Céu azul…
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.No regresso, tive direito a dois fiscais de linha, a mais dois polícias, que me voltaram a indicar o caminho, antes que perguntassem fosse o que fosse… [Em três paragens, com um transbordo, acho que foi suficiente.]Não houve ocorrências a registar e, ainda bem, porque num dia em que decidi gozar com o tempo e, até, matar o tempo, quem sabe, não seria acusada de alguma kafkiana transgressão?...
.Apercebi-me que não passava pela Rua de Santa Catarina há que tempos!... Não me lembrava já da Capela das Almas, em frente à saída do Metro [vá lá, não ficou mal de todo…] e continuava a chuviscar, de vez em quando.
Onde está o bom tempo prometido?
As comemorações do 25 de Abril vão ser à chuva e ao vento? Mau presságio…
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.Entrei em algumas lojas, mesmo só, para matar o tempo. Até me apeteceu comprar calçado de Verão. E comprei. [Numa loja para homens… que eu acho sempre mais interessantes e menos distractivas do que as de senhora. Nestas alturas, penso que sorte a minha, em ser enorme e poder calçar os números mais pequenos, que os homens do meu tamanho nem calçam!...].
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.Encontro à saída do Metro no tempo certo.
Soube-me bem revê-LA, assim, sem grandes alterações aparentes, para além do cansaço, que não se disfarça, nem se tenta!...
Conversámos muito e pouco. Nunca se põe a conversa em dia.
Até falámos das mães!...
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.Senti saudades da antiga vizinhança de gabinetes e de como sabia bem interromper, para fumar um cigarro, mesmo que fosse para conversar de trabalho, mesmo que fosse para nos rirmos, de pequenas desgraças rotineiras, fazer divergir o pensamento e trocar ideias sobre tarefas diferentes, mas complementares. [A informação circulava e o trabalho rendia mais.]
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.Mas os dias de ontem são passados e hoje, nada seria igual. Para mim, seria insuportável, mesmo.
Depois, porque nos queremos bem, encontrámos formas de proximidade outras, que nos fazem despedir com um até logo [insolitamente e no meio de conhecidos, que sempre aparecem, porque o Porto é uma cidade tão pequena…], que nos poupa a lágrima no canto do olho… Porque é um até logo!
Então, para celebrar este encontro, ao vivo e a cores com a Tinta_Azul, o céu despiu-se de nuvens e o sol apareceu. Tal e qual! Céu azul…
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.No regresso, tive direito a dois fiscais de linha, a mais dois polícias, que me voltaram a indicar o caminho, antes que perguntassem fosse o que fosse… [Em três paragens, com um transbordo, acho que foi suficiente.]Não houve ocorrências a registar e, ainda bem, porque num dia em que decidi gozar com o tempo e, até, matar o tempo, quem sabe, não seria acusada de alguma kafkiana transgressão?...
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.No regresso a casa, a pé e carregada, do que fui despindo e do que comprei, descobri por entre as grades do palacete, que tanto me intriga, um tufo de rosas vermelhas [antes fossem cravos, mas eram o que eram e fotografei-as, como pude, sem pousar as tralhas…].
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Uns passos mais à frente e lá estava a laranjeira, carregada de laranjas, que apodrecem de maduras quando caiem no passeio.
Vermelho… Laranja… Azul!
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Um beijo linda Um ar de
ResponderEliminarMais palavras para quê?
ResponderEliminarSoube-me tão bem ter almoçado contigo!
Achei-te óptima. Até reparei que puseste umas corzinhas e apreciei!
Apesar da minha dor de cabeça persistente, sabes que andei toda a tarde muito bem disposta? Que as minhas colegas se fartaram de rir comigo?
Pena não ter podido ficar mais tempo a conversar contigo, mas tinha tantas coisas para fazer... Há mais quartas-feiras à nossa frente e diz lá que não faz bem sair assim a olhar para as coisas?
Foi bom ver-te.
Um beijo muito grande e...até breve!
[bem levei a máquina na carteira, mas não tive tempo de registos... e para a próxima desligo o telefone enquanto almoçarmos. Que falta de lembrança a minha!]
PS. Esqueci-me de dizer que quanto aos estados do coração em aluaflutua é claro que o primeiro se refere ao dia de hoje. O ´ceu ficou azul...
ResponderEliminar:)
gozar com tempo... gozar o tempo... matar o tempo.
ResponderEliminar"encenas" muito bem o Tempo...
tempo cinematográfico. o teu...
(gostei desta tua viagem pelo Porto. cidade de gratas recordações. de que tenho vontade de revisitar.)
Que inveja, um ar de...
ResponderEliminarA tinta_azul também me desafiou mas as quartas-feiras são de escola todo o dia. Já não te vejo há tanto tempo! Temos que arranjar um dia para almoçarmos as três.
Fico contente por saber que a tua saúde já te permite passear e picar o andante uma série de vezes.
Beijinho
Descrição de quotidiano transformado um coisa mágica, pelo poder das palavras bem entrelaçadas, como já nos habituaste!
ResponderEliminarÉ um prazer ler-te...Beijo :))
Querida Tinta_Azul,
ResponderEliminarEspero que a tua dor de cbeça tenha passado, definitivamente.
Mudou o tempo!...
Eu rendi-me à ideia de ir até Cerveira e fazer o painel de colagens, embora tenha chegado há pouco a casa e não tenha prepardo nada... [A não ser o projecto, que fui pensando durante as viagens].
Finalmente, vou sair e comemorar o 25 de Abril com outro tipo de trabalho, que espero me dê algum prazer... e lhe acrescente mais significado. Afinal, é para comemorar o dia!
[Beijo enorme]
Coloquei uma coisa para ti no meu T Zero... Hope u like!!!
ResponderEliminarBom dia de amanhã ( e todos os outros e tudo e tudo...)
Beijooooooooooooo livre
fios (in) visíveis
ResponderEliminarantenas
laços
a negro
a cor :)
beijO
Olá Um ar de :)
ResponderEliminarLi o seu texto, a sua rotina, a qual tem muito movimento.
Abordou locais que me são conhecidos, como o Marquês, os locais de transbordo...
Quem vive perto do Porto conhece bastante bem.
Nesses dias sim estava frio, perguntou-se se no dia 25 seria assim e alguém a ouviu de certeza, pois o calor veio para ficar, pelo menos até domingo.
Gostei das cores, gosto de todas álias, mas essas são vivas.
O que um encontro pode fazer está escrito neste texto, com movimento e criatividade.
Beijinho
Desafiei-a .
ResponderEliminarVeja mais no meu blog.
Porque sonhas com o outro lado
ResponderEliminarEnches o vazio da eterna espera
Amas quem não podes ter
Pintas de realidade a quimera
A liberdade do pensamento vive entre dois mundos…
Convido-te a conhece-la…
Bom fim de semana
Mágico beijo
tenho (mesmo) que (re)visitar o porto,
ResponderEliminartenho (mesmo) que (re)visitar o porto,
tenho (mesmo) que (re)visitar o porto!!!!!
;o)
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